Ovulação e Período Fértil
Ovulação ocorre quando há liberação do gameta feminino pelos folículos ovarianos, isso acontece na superfície do ovário e ele se encaminha para a tuba uterina.
Esse fenômeno marca o período fértil da mulher, ou seja, se houver relação sexual a mulher pode engravidar.
O Ovócito Secundário
Geralmente dizemos "óvulo" para nos referir à célula que é liberada da tuba uterina, mas na verdade durante a ovulação e todo momento antes da fecundação, o óvulo está no estágio de ovócito secundário. Isso porque a meiose foi interrompida na fase de metáfase II e só será completada se houver a fertilização.
Em outras palavras, o óvulo só será óvulo e estará pronto para ser fecundado quando encontra o espermatozoide. Caso isso não ocorra, o ovócito irá morrer cerca de 24 horas após ter sido liberado e eliminado na menstruação.
Folículos Ovarianos e Ovulação
Os folículos ovarianos são constituídos por um conjunto de células foliculares, que contém no seu interior um ovócito primário.
Estimulados pelo hormônio FSH os folículos se desenvolvem, e dentro deles o ovócito primário passa pela primeira divisão meiótica, originando o ovócito secundário.
Acontece a Ovulação
Durante o ciclo menstrual (cuja duração varia entre 28 e 30 dias de uma mulher para outra), alguns folículos ovarianos são estimulados a se desenvolver, entretanto somente um se tornará maduro e será liberado.
O folículo vai acumulando líquido e aumenta de tamanho (cresce cerca de 2mm por dia até atingir cerca de 25mm) formando uma saliência na superfície do ovário.
O hormônio LH age sobre o folículo maduro, estimulando o seu rompimento e a liberação do ovócito secundário, acontece a ovulação.
Formação do Corpo-Lúteo
O folículo, que se rompeu na superfície do ovário, forma o corpo-lúteo ou corpo-amarelo, que é como uma cicatriz. O corpo-lúteo tem cor amarelada devido ao acúmulo da luteína (um carotenoide) que possui essa cor.
Período Fértil
É o período do ciclo menstrual em que a mulher tem mais chances de engravidar se tiver relação sexual. Corresponde ao período em que acontece a ovulação, considerando também o tempo de sobrevivência do espermatozoide e do óvulo.
O tempo de vida do óvulo é de aproximadamente 24 horas depois de ser liberado do ovário, já o espermatozoide dura até 72 horas dentro do corpo da mulher.
Hormônios Sexuais
Todo o processo reprodutivo depende totalmente de hormônios sexuais para acontecer. O amadurecimento dos folículos ovarianos e a liberação do ovócito secundário, estão relacionados com os hormônios FSH (hormônio folículo-estimulante) e LH (hormônio luteinizante), que começam a agir durante a puberdade, marcando o início da vida fértil da mulher.
A fecundação é nome do momento em que o espermatozoide consegue penetrar no óvulo, dando origem a um ovo ou zigoto, que irá se desenvolver e formar o embrião, que após se desenvolver irá formar o feto, que após o nascimento é considerado um bebê.
A fecundação ocorre nas trompas de Falópio e o ovo ou zigoto começa a dividir enquanto se movimenta até chegar ao útero. Ao chegar no útero ele se implanta no endométrio uterino e aqui oficialmente ocorre a nidação, (local do ninho) cerca de 6-7 dias após a fecundação.
Como acontece a fecundação humana
A fecundação humana acontece quando um espermatozoide entra no óvulo, na primeira porção da trompa de Falópio, fazendo com que a mulher fique grávida. Quando um espermatozoide consegue penetrar no óvulo, imediatamente a sua parede impede a entrada de outros espermatozoides.
Um único espermatozoide atravessa sua membrana, carregando consigo 23 cromossomos do homem. Imediatamente, esses cromossomos isolados combinam-se com os outros 23 cromossomos da mulher, passando a formar um complemento normal de 46 cromossomos, dispostos em 23 pares.
Isso dá início ao processo de multiplicação celular, cujo resultado final é o nascimento de um bebê saudável.
Fecundação in vitro
A fecundação in vitro é quando o médico insere o espermatozoide dentro do óvulo, dentro de um laboratório específico. Após o médico observar que o zigoto está se desenvolvendo bem, este é implantado na parede interna do útero da mulher, onde poderá continuar se desenvolvendo até estar pronto para o nascimento. Esse processo também é chamado de FIV ou de inseminação artificial. Saiba mais detalhes sobre a inseminação artificial aqui.
Sintomas da fecundação
Os sinais e sintomas da fecundação são muito sutis, e normalmente não são percebidos pela mulher, mas eles podem ser uma cólica leve, e um pequeno sangramento ou corrimento cor de rosa, que é chamado de nidação. Na maior parte dos casos, a mulher só percebe os sintomas de gravidez duas semanas após a nidação. Veja todos os sintomas de fecundação e como confirmar a gravidez.
Como acontece o desenvolvimento embrionário
O desenvolvimento embrionário se dá desde a nidação até a 8ª semana de gestação, e nessa fase acontece a formação da placenta, do cordão umbilical, e um esboço de todos os órgãos. A partir da 9ª semana de gestação o pequeno ser passa a ser chamado de embrião, e após as 12ª semana de gestação passa a ser chamado de feto e aqui a placenta já se desenvolveu o suficiente para que possa, daí por diante, suprir todos os nutrientes que forem necessários para o desenvolvimento do feto.
Como se forma a Placenta
A placenta é formada por um componente materno de grandes e múltiplas camadas, chamadas de seios placentários, por onde flui continuamente o sangue materno; por um componente fetal que é representado, principalmente, por uma grande massa de vilosidades placentárias, que proeminam para o interior dos seios placentários e por cujo interior circula o sangue fetal.
Os nutrientes difundem desde o sangue materno através da membrana da vilosidade placentária para o sangue fetal, passando pelo meio da veia umbilical para o feto.
Os excretas fetais como o gás carbônico, a ureia e outras substâncias, difundem do sangue fetal para o sangue materno e são eliminados para o exterior pelas funções excretoras da mãe. A placenta secreta quantidades extremamente elevadas de estrogênio e de progesterona, cerca de 30 vezes mais estrogênio do que é secretado pelo corpo lúteo e cerca de 10 vezes mais progesterona.
Esses hormônios são muito importantes na promoção do desenvolvimento fetal. Durante as primeiras semanas de gravidez, um outro hormônio também secretado pela placenta, a gonadotrofina coriônica, que estimula o corpo lúteo, fazendo com que continue a secretar estrogênio e progesterona durante a primeira parte da gravidez.
Esses hormônios do corpo lúteo são essenciais para a continuação da gravidez durante as primeiras 8 a 12 semanas. Após esse período, a placenta secreta quantidades suficientes de estrogênio e progesterona para assegurar a manutenção da gravidez.
Quando o bebê pode nascer
O bebê está pronto para nascer após as 38 semanas de gestação, sendo este o tempo mais comum de uma gravidez saudável. Mas o bebê pode nascer à partir das 37 semanas de gestação sem ser considerado pré-maturo, mas a gestação também pode durar até as 42 semanas, sendo uma situação normal.
Gravidez e Parto
O parto, também conhecido como dar à luz, é o momento em que o bebê nasce após cerca de 40 semanas de gestação.
Se acontecer antes do tempo, o parto será prematuro e isso pode representar riscos para a vida da mãe e do bebê.
Toda grávida deve fazer o Pré-Natal, para acompanhar o desenvolvimento do seu bebê através de diversos exames, podendo detectar qualquer anormalidade e garantir um parto tranquilo.
Os Cuidados Pré-Natais
Durante a gestação, os exames do pré-natal orientam os médicos e as parturientes sobre o desenvolvimento do bebê.
São realizadas ultrassonografias em cada trimestre da gravidez para saber peso e tamanho do feto e identificar malformações; além disso, são feitos exames de sangue e outros específicos para gestantes.
A equipe médica deve orientar e esclarecer as dúvidas da gestante e seu companheiro, que devem decidir a melhor forma para o nascimento do seu bebê.
Recomendações da OMS
Segundo o Relatório Mundial de Saúde da OMS (Organização Mundial da Saúde) divulgado em 2005, as consultas pré-natais são fundamentais para planejar o parto e preparar a mãe para a maternidade.
Além disso, esse pode ser um momento importante para iniciar o planejamento familiar, orientando sobre a escolha de ter mais filhos e o momento certo para tal, os métodos contraceptivos, e também sobre programas de controle de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e sobre a desnutrição infantil.
O Medo do Parto
O parto é um momento muito importante na vida de qualquer pessoa, o nascimento de um novo ser marca o início de muitas responsabilidades para os pais e de muita felicidade para toda família.
Apesar de ser um fenômeno natural, o parto está cercado de tabus e mitos que são passados de geração em geração e estimulados nos meios de comunicação.
Isso gera nas mulheres muitas dúvidas e medos: medo da dor, medo de que o bebê morra, medo de não conseguir. Toda mulher deveria conhecer o próprio corpo e receber apoio (da equipe médica, do companheiro, da família, etc) para escolher a melhor forma de dar à luz ao seu bebê.
Existem vários tipos de parto, sendo os principais: normal, de cócoras, na água, cesárea, induzido, com uso de fórceps, entre outros.
Parto Normal
O parto normal, como o próprio nome indica, acontece naturalmente respeitando o processo fisiológico.
Não há necessidade de medicação, mas muitas mulheres recebem anestesia para controlar a dor, relaxar e ter dilatação mais rapidamente.
O trabalho de parto começa com contrações e o colo do útero se dilata até que permita a passagem do do feto através do canal vaginal, depois é expelida a placenta.
Parto Cesariana
O parto cesárea ou cesariana é um procedimento cirúrgico no qual o feto é retirado por um corte abdominal.
É indicado para situações onde há risco de vida para a mãe ou o bebê.
Isso se aplica em situações graves como, por exemplo: a eclâmpsia que provoca convulsões na mãe, placenta prévia que impede a passagem do bebê ou ainda quando o bebê dá sinais de sofrimento fetal.
As cesáreas eletivas, ou seja, feitas por opção da parturiente e não em situações de risco, podem ter complicações como hemorragias e infecções.
Muitas vezes são realizadas antes de iniciar o trabalho de parto, baseadas na data prevista de nascimento, de forma que em alguns casos são um parto prematuro.
Parto Induzido
O parto pode ser induzido através da administração de substâncias, sendo muito usada a ocitocina sintética, similar ao hormônio produzido naturalmente pelo corpo materno durante o parto.
Geralmente, é realizado quando o trabalho de parto não evolui e a mulher não tem dilatação, por exemplo, em casos de gestações que ultrapassam as 40 semanas, e condições específicas.
É utilizado como tentativa de realizar o parto normal e evitar a realização de cesariana, sendo que o uso excessivo da ocitocina e a demora na realização do parto pode provocar problemas no útero e sofrimento fetal.
Parto por Fórceps
O parto pode ser realizado usando instrumentos específicos como é o caso do fórceps.
Ele é introduzido na vagina e posicionado nas laterais da cabeça do feto de forma a puxá-lo e facilitar a sua saída.
Há diversos relatos de lesões na mãe e no bebê causadas pelo uso do fórceps, no entanto, os médicos garantem que é uma forma segura.
Parto Humanizado
No parto humanizado, os profissionais de saúde envolvidos respeitam o momento do bebê nascer e evitam intervenções desnecessárias, como fazer o corte no períneo chamado episiotomia, fazer lavagens intestinais, utilizar ocitocina sintética para acelerar o parto, entre outros.
É um processo que envolve diferentes tipos de parto, podendo ser realizado no hospital, em casas de parto ou na casa da parturiente (parto domiciliar) .